
03 nov Os Pets e a mudança para a casa nova
Já falamos aqui no blog sobre os cuidados na hora da mudança, e se até nós humanos temos dificuldades para lidar com tantas emoções nesse momento, imagina os pets, não é?
Cães e gatos são naturalmente territorialistas por isso, quando chegam a nova casa, com tantos cheiros e sons diferentes tem uma sensação de insegurança potencializada. Eles não reconhecem o local como “seu território”, sentindo-se confusos e ameaçados.
Além disso, mesmo as menores alterações de rotina, costumam causar desconforto e estresse nos animais. Resultando em falta de apetite, lambedura, mordedura, latidos e miados sem motivo aparente, e principalmente fazer xixi e cocô no lugar errado.
Pensando nisso, preparamos um passo a passo. Para que a mudança dos Pets seja a mais tranquila e confortável para todos, vamos lá?
Antes da mudança
- Escolhendo o local:
São inúmeros os detalhes para analisar, antes de encontrar o lugar ideal. Então, que tal lembrar-se de observar alguns itens para o conforto do seu pet? O primeiro, e mais importante, é se o lugar para onde você está indo aceita animais. Confira também as regras que abrangem os pets, como o uso de elevadores e áreas comuns, e até as possíveis multas por latidos, etc.
Depois, você pode levar em consideração opções de lazer para o Pet. Tanto no próprio imóvel, prédio e condomínio, quanto nas proximidades como: Petshops, veterinários, parques de animais, etc. Não que isso seja imprescindível, mas porque não lembrar deles também na hora de avaliar as escolhas? Pode acabar tornando a mudança num processo muito mais agradável para todos.
- Adaptando o lar aos pets:
É importante certificar que o ambiente é seguro para receber os animais, que ao chegar no novo ambiente vão estar curiosos para explorar tudo, e em alguns casos podem até tentar fugir.
- Elimine as espécies de plantas podem ser toxicas;
- Instale telas nas janelas e sacadas de apartamentos;
- Verifique se portões estão bem fechados nas casas;
- Reforce as cercas nas chácaras e fazendas;
Atenção especial a parte de baixo das cercas e portões, quando o quintal for de terra, é comum que os cães cavem para fugir.
- Escolhendo o transporte:
Local escolhido, e seguro, é hora de pensar como levar o pet para a casa nova. Tanto pode ser na caixa de transporte, quanto usando sinto de segurança. O importante é, se o pet não estiver acostumado, faça a adaptação antes aos poucos, principalmente quando a mudança exigir uma viagem longa.
No caso dos gatos, que tendem a passear menos que os cães, uma dica é usar a caixa de transporte como casinha. Deixe-a disponível alguns dias antes, assim ele pode ir se acostumando naturalmente, sem se sentir pressionado.
Caso seu pet só esteja acostumado a sair de casa em situações de estresse, como ir ao veterinário, isso deve atrapalhar na hora da mudança. Por isso, trate de quebrar o estigma o quanto antes! Levando para pequenos passeios, onde ele se divirta, e dê petisco como recompensa. Assim, logo vai acostumar a sair de casa de maneira positiva.
- Mudando a rotina gradativamente:
Caso, a mudança para o novo endereço, esteja relacionada a outras questões de rotina como: passar mais ou menos tempo em casa, alteração no horário ou quantidades de passeio ao longo do dia, e outros aspectos que interfiram na sua relação com pet, vá fazendo os ajustes antes. Dessa forma, quando já estiverem na nova casa, vão manter o maior número de hábitos do animal, e assim causar menos estresse.
- Não troque ou lave os objetos dos pets:
É natural fazer uma faxina antes da mudança, trocar os objetos velhos por novos e deixar tudo limpinho para a casa nova. Mas, no caso dos Pets, isso não é uma boa ideia. É principalmente através dos cheiros que eles podem identificar a “posse” dos objetos. E até manter outros objetos da casa, como tapetes, cortinas e sofás, com o cheiro da casa antiga e dos donos pode facilitar muito na transição.
Outra dica é, antes da mudança, esfregar algumas roupas usadas nas paredes da nova casa. Provavelmente, ninguém vai notar nenhuma diferença, mas o faro dos animais é muito mais aguçado e o pet, vai ter mais facilidade em entender que ali é o seu novo território.
Hora da mudança
- Não leve o pet:
No dia da mudança, com toda movimentação, pessoas estranhas na casa e etc, é melhor deixar o pet na casa de algum amigo ou parente, com quem ele já tenha familiaridade e afinidade. Tente também manter a rotina de passeios e horário da alimentação.
Caso não seja possível, entre em contato com um hotelzinho para Pets ou creche animal. Assim, você vai ter certeza que ele está seguro e bem cuidado enquanto faz a mudança tranquilo.
- Use identificação no animal:
Mesmo que você tente evitar estresse no animal e tenha tido todos os cuidados, podem ocorrer fugas durante a mudança, ou nos primeiros dias na nova casa. Por isso, use uma identificação no animal com o nome, telefone para contato e o novo endereço.
- Planeje o dia da mudança:
Dê preferência faça a mudança na feita na sexta-feira. Assim, você pode passar o final de semana todo junto com o pet fazendo a adaptação com calma, observando seu comportamento, passeando juntos pela vizinhança, etc.
- Mantenha a calma:
É comum que a ansiedade e estresse dos tutores seja transmitido aos pets, mesmo que involuntariamente. Ainda que seja uma excitação de felicidade, pode acabar causando impacto negativo para o Pet. Tente transmitir naturalidade, mostrando que é uma situação positiva e segura para todos.
Os primeiros dias
- Conhecendo a nova casa:
A apresentação da casa nova, deve ser feita de maneira diferente para cães e gatos. Pois, os dois tem comportamentos cognitivos distintos quanto a adaptação.
No caso do cachorro, assim que chegar deixe que ele veja, explore e cheire a casa toda junto com você. Isso deve fazer com que ele “mate” a curiosidade de uma vez só, ficando mais seguro e tranquilo. Você pode inclusive esconder petiscos nos cômodos, incentivando a procurar as recompensas. Deixa-lo feliz durante a primeira experiência na nova casa, associa a mudança com uma coisa boa.
Já o gato, se sente mais seguro explorando a casa aos poucos. Por isso, deixe ele em um cômodo único e sozinho, até que ele se sinta à vontade de sair e explorar por conta própria. E depois, você vai aumentando a zona de conforto do gato, conforme introduz lentamente os cômodos da casa.
- Espaço do pet:
Mesmo que ele tenha o costume de dormir junto com alguém, é necessário que tenham seu próprio espaço. Com a caminha, pote de água e ração, brinquedos e etc. O ideal é manter o local onde era na antiga casa. Se quiser mudar, vá fazendo aos poucos e sentindo a reação do animal.
De preferência a locais sem muita mobília, longe dos fluxos de passagem e onde ele possa se mover com liberdade e brincar tranquilo. Mas, atenção para que ele não se sinta solitário! Principalmente no caso dos cães então, evite lugares isolados.
Para o tapetinho/caixa de areia a dica é a mesma, manter o local que era utilizado na antiga casa, facilitando a identificação. Lembrando sempre que, nenhum animal gosta de fazer as necessidades perto do local onde se alimenta.
- Paciência e persistência:
Provavelmente, você vai passar os primeiros dias tendo que dispensar um cuidado e atenção a mais do que o de costume ao seu pet. Por isso, tenha muita paciência, pois tudo que é feito de maneira positiva e com afeto é sem dúvida muito mais fácil.
Não estranhe se, apesar de todos esses cuidados, tanto cães quanto gatos fizerem as necessidades no lugar errado, ainda que na casa antiga nunca tenha feito. É um processo completamente natural pois, além de ainda estarem conhecendo o novo lar, muitas vezes é uma maneira de marcar território.
No entanto, ser paciente e compreensivo não é ser permissivo. Toda a atenção, carinho e incentivo aos pets não pode interferir nas regras da casa. Por exemplo, se não podia subir na cama ou sofá na casa antiga, não permita na casa nova. Como já dissemos anteriormente, os animais precisam de uma rotina.
E se, mesmo depois de algum tempo, o Pet apresentar dificuldade na adaptação você pode contar com a ajuda de um profissional, como um adestrador. E em casos mais graves, quando estiver apresentando sintomas de estresse e ansiedade.
Nenhum comentário